13 de jun. de 2008

Nações Indígenas de Rondônia

Caripunas – ocupam o Parque Indígena Karipuna no vale do rio Jaci-Paraná. Estão reduzidos a pequenos grupos arredios.

Pakaás Novos – atualmente o maior grupo indígena em Rondônia, habitam no Município de Guajará-Mirim, sob o controle da FUNAI.

Karitianas – ocupam uma reserva de 57.000 ha próxima a cidade de Porto Velho.

Tapari, Makurap e Jatobi – vivem nos Postos Indígenas do Rio Branco e do Rio Guaporé, são poucos indivíduos remanescentes destas nações que tiveram próxima a extinção vítimas das ações hostis dos seringalistas.

Kaxacaris – habitam a região limítrofe entre os municípios de Porto Velho e Lábre (AM).

Uru-Eu-Wau-Wau – grupo arredio em fase de contato com a FUNAI, habitam os municípios de Ariquemes e Guajará-Mirim. São provavelmente do grupo tupi.

Cinta Larga – ocupam a área do Projeto Indígena do Roosevelt com 190.000 há, parte integrante da reserva do Parque Indígena do Aripuanã, localizada em terras dos Estados de Rondônia e Mato Grosso.

Suruís – habitam os postos indígenas 7 de setembro e quatorze, no município de Cacoal.

Gaviões – ocupam uma reserva com área de 160.000 hs já demarcada, suas aldeias situam-se às margens dos igarapés Lourdes e Homonios, afluentes da margem direita do rio Ji-Paraná, próximo a cidade de Ji-Paraná. Atualmente mantém contato com a população de Ji-Paraná onde se abastecem no comércio local.

Araras – ocupam a mesma reserva dos Gaviões, hoje em contato pacífico com o homem branco.

Índios, os primeiros habitantes de Rondônia

A cultura de Rondônia tem suas origens marcadas por uma forte influência da cultura indígena. Dentre os principais povos estão os Karitiana e os Uru-Eu-Wau-Wau, que em contato com outros agentes acabaram vendo parte de suas tradições se perderem.
O povo Karitiana compõe-se atualmente de uma população de cerca de 180 índios, vivendo a 95 quilômetros ao sul de Porto Velho ao longo de 89.698 hectares. A língua falada é o Tupi/Arikém. Os primeiros contatos com a chamada "civilização" data do final do século XVII, sendo que o isolamento foi mantido até os primeiros anos do século XX com o aparecimento de personagens históricos como os caucheiros e seringueiros na região.

A partir daí observou-se a degradação desse povo com grande parte de seus membros sendo submetidos à escravidão. Observou-se também uma "recuada" territorial ocasionada pela chegada da "civilização". Sendo assim, os Karitiana que viviam às proximidades do atual município de Ariquemes foram tendo que se retirar até as cercanias do Rio Candeias, onde permanecem até hoje.

Entre as particularidades dos Karitiana estão as pinturas corporais e faciais, mantidas através dos anos em suas tradições, assim a dança, o artesanato e as manifestações musicais. Outro traço de suas tradições é a poligamia e o casamento entre pessoas da mesma família.

Já os Uru-Eu-Wau-Wau têm língua ligada ao Tronco Tupi. São da Família Tupi-Guarani, grupo Tupi-Kawahib. Vivem no relevo central de Rondônia, entre os municípios de Guajará Mirim, Costa Marques, Nova Mamoré, Campo Novo de Rondônia, Monte Negro, Cacaulândia, Governador Jorge Teixeira, Mirante da Serra, Jaru, Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé e Seringueiras. O contato com o "homem branco" inicia-se na década de 40, iniciando-se uma briga pelas terras centrais do Estado que dirá até os dias atuais. Os principais agressores para esse povo sempre foram posseiros, madereiros e garimpeiros.

Foi só no início da década de 80 que o contato entre as duas culturas foi tratado de forma mais cuidadosa, quando um grupo da Funai, liderado pelo indigenista Apoena Meirelles, realizou os primeiros contatos amigáveis com os Uru-Eu-Wau-Wau, que naquela época contavam com uma população de cerca de 800 índios.

Os Uru-Eu-Wau-Wau também fazem pinturas corporais, nas cores preta e vermelha. As tintas são fabricadas a partir de jenipapo e urucum. Usam como vestes apenas um cinturão largo de cipó. Seus cabelos são cortados em forma de cuia. As mulheres costumam tatuar seus rostos.

Contaminados por doenças trazidas com o contato intercultural, a população Uru-Eu-Wau-Wau sofreu uma diminuição considerável. Atualmente, eles somam pouco mais de 60 índios, divididos em 4 grupos: 20 índios no Posto Indígena do Alto Jamari; 16 no Posto Indígena do Alto Jaru; 10 índios no Posto Indígena Jamari; e 16 no Posto Indígena Comandante Ari.

"Nós índios Karitiana surgimos assim: antigamente nós tínhamos Deus aqui em cima desta terra, deste solo. Antigamente não existia gente, macaco, socó, mutum, não existia lontra, não existia pica-pau, cutia, tatu, paca, anta. Os matos já existia. Deus não existia. Deus saiu de dentro de um buraco na casa da cigarra e a Mãe d'água nasceu do olho d'água, e o sapo cururu. A mãe de Deus é a terra".
(narrativa dos índios Orlando, Meirelles e Cirino Karitiana sobre a origem do povo Karitiana. In OLIVEIRA, Cleide, Levantamento de dados culturais do Povo Karitiana. 1994)

10 de jun. de 2008

Rondônia e sua Historia


localização de Rondônia no Brasil /mapa politico de Rondônia

Rondônia é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Norte e tem como limites o Amazonas (norte), Mato Grosso (leste), Bolívia (sul e oeste) e Acre (oeste). Ocupa uma área de 237 576 km², praticamente igual à da Romênia. Sua capital é a cidade de Porto Velho.

Suas cidades mais populosas são Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal e Vilhena. Seu relevo é suavemente ondulado; 94% do território encontra-se entre as altitudes de 100 e 600 metros. Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré são os rios principais.

O clima é equatorial e a economia se baseia na agricultura (café, cacau, arroz, mandioca, milho) e no extrativismo da madeira, de minérios e da borracha, esta última responsável por trazer grande riqueza e pujança durante o chamado ciclo da borracha.

História

O primeiro explorador europeu que teria alcançado o vale do rio Guaporé foi o espanhol Ñuflo de Chávez, de passagem entre 1541 e 1542.

Mais tarde, no século XVII, a região foi percorrida pela épica bandeira de Antônio Raposo Tavares, que, entre 1648 e 1651, partindo de São Paulo, desceu o curso do rio Paraná, subiu o rio Paraguai, alcançou o vale do rio Guaporé, que desceu até ao rio Mamoré, pelo rio Madeirario Amazonas, cujo curso finalmente desceu até alcançar Belém do Pará. alcançando o

Tendo ainda alguns missionários se aventurado isoladamente pela região, no século seguinte, a partir da descoberta de ouro no vale do rio Cuiabá, os bandeirantes começaram a explorar o vale do Guaporé.

Por esse motivo, em 1748, as instruções da Coroa portuguesa para o primeiro Governador e Capitão General da Capitania do Mato Grosso, Antônio Rolim de Moura Tavares (1751-1764), foram as de que mantivesse - a qualquer custo - a ocupação da margem direita do rio Guaporé, ameaçado por incursões espanholas e indígenas, oriundas dos povoados instalados à margem esquerda desse curso fluvial desde 1743 (a saber: Sant'Ana, na foz do ribeirão deste nome; São Miguel, na foz do rio deste nome; e Santa Rosa, nos campos deste nome, depois transferida para o local onde foi conquistada por tropas portuguesas, na margem direita do rio Guaporé).

Rolim de Moura instalou a sua capital em Vila Bela da Santíssima Trindade (19 de março de 1752), tomando as primeiras providências para a defesa da Capitania que lhe fora confiada. Assim que atendeu as necessidades das demarcações requeridas pelo Tratado de Madrid (1750), em 1753 incursionou sobre a povoação espanhola de Santa Rosa Velha, na margem direita do Guaporé, e ali fez instalar um pequeno posto de vigilância (uma "guarda"), sem modificar o nome do local para evitar protestos dos vizinhos espanhóis. Mais tarde, diante da solicitação do governador de Santa Cruz de la Sierra para a imediata evacuação do posto, Rolim de Moura transformou a antiga Guarda em um forte, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição (Presídio de Nossa Senhora da Conceição) (1759).

Frente às renovadas incursões espanholas e aos rigores climáticos, em poucos anos este Presídio se encontrava em ruínas. Por estas razões foi reconstruído e posteriormente rebatizado pelo Governador Luís Pinto de Sousa Coutinho (1769-1772), com o nome de Forte de Bragança 1769, que, por sua vez em ruínas, foi substituído em definitivo pelo Real Forte Príncipe da Beira 1776.

Nesse período, em 1772, Francisco de Melo Palheta, partindo de Belém do Pará, atingiu sucessivamente o rio Mamoré, o rio Madeira e o rio Guaporé, alcançando Santa Cruz de la Sierra.

Com o declínio da mineração, e a Independência do Brasil, a região perdeu importância econômica até que, ao final do século XIX, com o auge da exploração da borracha, passou a receber imigrantes nordestinos para o trabalho nos seringais amazônicos.

O início da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em virtude da assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), constituiu outro poderoso impulso para o povoamento.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Decreto-lei nº 5.812 (13 de setembro de 1943) criou o Território Federal do Guaporé, com partes desmembradas dos estados do Amazonas e do de Mato Grosso.

Com uma economia baseada na exploração de borracha e de castanha-do-pará, pela Lei de 17 de fevereiro de 1956 passou a se denominar Território Federal de Rondônia, em justa homenagem ao sertanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958). A descoberta de jazidas de cassiterita e a abertura de rodovias estimularam a sua economia e o seu povoamento, passando este Território à condição de Estado a partir de 1981. Já naquela época, milhares de famílias que viviam na região aguardavam a distribuição de terras pelo Incra, situação que ainda não encontrou uma solução definitiva.Formado por terras anteriormente pertencentes aos Estados do Amazonas e Mato Grosso, o Estado de Rondônia foi originalmente criado como Território do Guaporé em 1943. A denominação atual foi dada em 17 de fevereiro de 1956, em homenagem ao Marechal Rondon, desbravador dos sertões de Mato Grosso e da Amazônia em 17 de fevereiro de 1956. Em 1981, o Território de Rondônia passou a Estado da Federação.


Até o século XVII apenas algumas missões religiosas haviam chegado até a região onde hoje se encontra o Estado de Rondônia. No início do século XVIII os portugueses, partindo de Belém, subiram o rio Madeira até o rio Guaporé e chegaram ao arraial de Bom Jesus, antigo nome da localidade de Cuiabá, onde descobriram ouro. Começaram então a aparecer explorações de bandeirantes pelo vale do rio Guaporé em busca das riquezas minerais da nova área descoberta.


Pelo Tratado de Tordesilhas toda essa região pertencia à Espanha. Com a penetração das Bandeiras e o mapeamento dos rios Madeira, Guaporé e Mamoré, no período de 1722 a 1747, houve uma redefinição dos limites entre Portugal e Espanha, realizada através dos Tratados de Madri e de Santo Ildefonso. Portugal passou então a ter a posse definitiva da região e a defesa dos limites territoriais. As demarcações da área ocorreram a partir de 1781.O povoamento da região teve início no século XIX, na fase do ciclo da borracha, com a construção da ferrovia Madeira-Mamoré e a exploração dos seringais existentes.

Localização
Localizado na parte oeste da Região Norte do Brasil, o Estado de Rondônia encontra-se em área abrangida pela Amazônia Ocidental. A maior parte do território do Estado de Rondônia encontra-se incluída no Planalto Sul-Amazônico, uma das parcelas do Planalto Central Brasileiro.

Limites
Norte :Estado do Amazonas
Leste e Sudeste : Estado de Mato Grosso
Sudeste: Estado de Mato Grosso e Bolívia
Oeste : Bolívia
Noroeste : Estados do Amazonas e Acre.

Relevo
O relevo do Estado é pouco acidentado, não apresentando grandes elevações ou depressões, com variações de altitudes que vão de 70 metros a pouco mais de 500 metros. A região norte e noroeste, pertencente à grande Planície Amazônica, situa-se no vale do rio Madeira e apresenta área de terras baixas e sedimentares. As áreas mais acidentadas encontram-se localizadas na região sul, onde ocorrem elevações e depressões, com altitudes que chegam a alcançar 800 metros na Serra dos Pacaás Novos, que se dirige de noroeste para sudeste e é o divisor entre a bacia do rio Guaporé e as bacias dos afluentes do rio Madeira (Jaci-Paraná, Candeias e Jamari).

Solo
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) identificou no Estado de Rondônia, 186.442 km² de solos aptos para lavouras, 8.626 km² para pastagem plantada e ainda 6.549 km² com possibilidades de utilização para silvicultura e pastagem natural.

Hidrografia
A rede hidrográfica do Estado de Rondônia é representada pelo rio Madeira e seus afluentes, que formam oito bacias significativas: Bacia do Guaporé, Bacia do Mamoré, Bacia do Abunã, Bacia do Mutum-Paraná, Bacia do Jacy-Paraná, Bacia do Jamari, Bacia do Ji-Paraná e Bacia do Aripuanã. O rio Madeira, principal afluente do rio Amazonas, tem 1.700 km de extensão em território brasileiro e vazão média de 23.000 m3 por segundo. É formado pelos rios Guaporé, Mamoré e Beni, originários dos planaltos andinos, e apresenta dois trechos distintos em seu curso, denominados Alto e Baixo Madeira.

O primeiro trecho, de 360 km, até as proximidades da cidade de Porto Velho, capital do Estado, não apresenta condições de navegabilidade devido à grande quantidade de cachoeiras existentes. São 18 cachoeiras ao todo, com desnível de cerca de 72 metros e índice de declividade da ordem de 20 cm a cada quilômetro. O Baixo Madeira, trecho em que o rio é francamente navegável, corre numa extensão de 1.340 km, a partir da Cachoeira de Santo Antonio até sua foz, no rio Amazonas.

O trânsito fluvial entre Porto Velho e Belém, capital do Estado do Pará, é possível durante todo o ano nesta hidrovia de cerca de 3.750 km, formada pelos rios Madeira e Amazonas. Através do rio Madeira circula quase toda a carga entre Porto Velho e Manaus, capital do Estado do Amazonas, principalmente os produtos fabricados nas indústrias da Zona Franca de Manause destinados aos mercados consumidores de outras regiões.


O rio Guaporé, em todo o seu percurso, forma a linha divisória entre o Brasil e a Bolívia, apresentando condições de navigabilidade para embarcações de pequeno e médio calados na época da vazante. A bacia do Mamoré ocupa área de 30.000 km² dentro de Rondônia e, juntamente com a bacia do Guaporé forma uma rede hidroviária de capital importância para o Estado, que utiliza a hidrovia como seu principal meio de transporte e comunicação.

O rio Mamoré nasce na Bolívia e recebe o rio Beni, ocasião em que forma também a linha fronteiriça do Brasil com a Bolívia. É navegável a embarcações de médio calado em qualquer época do ano. A bacia do rio Mutum-Paraná ocupa superfície de 8.840 km² e é de importância apenas relativa para o Estado, servindo principalmente como via de penetração para o interior.

O rio Abunã é importante por ser responsável pela demarcação da linha divisória dos limites internacionais entre Brasil e Bolívia no extremo oeste do Estado. A área de abrangência de sua bacia hidrográfica é de aproximadamente 4.600 km² numa região onde o grande número de cachoeiras e corredeiras dificulta a navegação. A bacia do rio Jaci-Paraná se estende por 12.000 km²e apresenta as mesmas características do rio Mutum-Paraná.

O rio Jamari tem grande significação econômica para Rondônia, por ter sido represado para a formação da primeira usina hidrelétrica do Estado e servir como importante via de transporte de passageiros e cargas na região compreendida entre os municípios de Porto Velho e Ariquemes. Sua bacia ocupa área de 31.300 km² aproximadamente.

O rio Ji-Paraná é o mais importante afluente do rio Madeira em Rondônia, dada a longa extensão de seu curso, que corta todo o Estado no sentido sudeste/nordeste. Seu complexo hidrográfico abrange superfície de aproximadamente 92.500 km². Embora tenha 50 cachoeiras e corredeiras ao longo de seu percurso, em alguns trechos o rio apresenta-se navegável, atendendo ao escoamento dos produtos oriundos do extrativismo vegetal na região.

A bacia do rio Aripuanã está localizada na região sudeste do Estado e ocupa área de aproximadamente 10.000 km². Seus rios são extremamente encachoeirados, oferecendo grande potencial hidrelétrico, mas se encontram, em sua maioria, dentro de áreas indígenas, não podendo, portanto, ser explorados.

Clima
O clima do Estado de Rondônia é equatorial e a variação da temperatura se dá em função das chuvas e da altitude. As temperaturas médias anuais variam entre 24 e 26º C, podendo as máximas oscilar entre 28 e 33º C e as mínimas chegar a 18 ou 21º C nas regiões de maior altitude, no município de Vilhena. A precipitação anual varia de 1.800 a 2.400 mm. A menor queda pluviométrica ocorre no trimestre de junho a agosto, sendo o período de dezembro a maio o mais úmido.

Parques e Reservas Naturais
Com o objetivo de proteger a natureza e garantir a preservação ambiental de extensas áreas não habitadas, o Governo Federal passou a criar parques e reservas naturais na região Amazônica. O Parque Nacional de Pacaás Novos foi criado em 1979 e ocupa área de 765.000 hectares (1.913.000 acres) nos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim, Ariquemes e Ji-Paraná. Com extensa área de plateau coberta por espessa vegetação de cerrado, nele se encontra a Chapada dos Pacaás Novos, na região oeste do Estado.


Na fronteira com o Estado de Mato Grosso às margens do rio Ji-Paraná, encontra-se a Reserva Biológica Nacional do Jaru, com área de 268.150 hectares (670.375 acres), também criada em 1979.
Na região sul do Estado encontra-se a Reserva Natural de Guaporé, que cobre uma área de 600.000 hectares (1.500.000 acres). O acesso à região é feito por barco. Dentro da reserva, a três dias de viagem da cidade de Guajará-Mirim, podem ser visitadas as ruínas do forte Príncipe da Beira, construído no século XVIII pelos colonizadores portugueses.


Existe ainda no Estado a Reserva Extrativista Rio Ouro Preto, que abrange área de 204.583 hectares, localizada nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré e a Reserva Ecológica Nacional Ouro Preto do Oeste, com área de 138 hectares, no Município de Ouro Preto do Oeste, região sudoeste do Estado.

Gentílico
Rondoniano.

Hora local
-1h em relação a Brasília.



CAPITAL DO ESTADO - PORTO VELHO


O início do povoamento se deu efetivamente a partir de 1907, depois da assinatura do Tratado de Petrópolis ( 17 de Novembro de 1903 ) em que o Brasil se comprometia com a Bolívia em construir uma estrada de ferro que ligasse a fronteira boliviana do rio Mamoré, onde hoje está a cidade de Guajará Mirim, até a cabeceira navegável do rio Madeira, hoje Porto Velho.

Em contrapartida o Governo boliviano passava para o Brasil as terras do extremo oeste que formam hoje o Estado do Acre. A Bolívia necessitava escoar sua produção para a Europa e Estados Unidos e por não ter oceano o meio mais viável à época era rumo norte, via os rios Mamoré, Madeira, Amazonas e Oceano Atlântico. Entretanto a dificuldade dessa navegabilidade estava nos Rios Mamoré e Madeira, pois em seus leitos haviam vinte e três cachoeiras, impossibilitando qualquer empreitada.

Sem estradas e diante do problema, a ferrovia era a saída. Foi então que o Brasil concessão para se construir uma ferrovia em plena selva amazônica margeando todo o leito dos rios: a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ( EFMM ), nome que referenciava os dois rios a serem ligados.


Vieram, então, para cá cidadãos de diversas nacionalidades, entre eles ingleses, norte-americanos, caribenhos e asiáticos, todos determinados a desbravar essa fronteira e a construir a maior obra humana na Amazônia Ocidental.


Como a melhor tecnologia era a estrangeira, eles chegaram prontos a construir uma estação completa, dotada do que havia de básico e imprescindível para o bom andamento do empreendimento e o bem-estar de seus usuários. Com a chegada dos trabalhadores e o desenvolvimento, a pequena vila de Santo Antônio da Madeira, situada a 7 km ao sul do porto Madeira, ao passar dos anos foi gradualmente se transferindo para as proximidades da nova estação central. Nascia, então, a cidade de Porto Velho.


O nome Porto Velho tem sua origem exata ainda não comprovada historicamente. A primeira versão é de que o nome se deu em função de um antigo agricultor que morava nas proximidades do local, chamado "Velho Pimentel", o qual tinha um pequeno porto onde as embarcações que se destinavam à Vila de Santo Antônio atracavam. Era o "Porto do Velho", e, portanto, mais tarde "Porto Velho".
A segunda hipótese é a de um ponto de apoio e estratégico deixado pelo Exército brasileiro durante a Guerra do Paraguai, quando essa fronteira se encontrava desguarnecida. A guerra acabou e o ponto logístico ficou, restando apenas a denominação "Porto Velho".


As instalações do complexo ferroviário crescia, a renda per capta era alta, o comércio vigoroso e o fluxo de estrangeiros intenso. Foi o que bastou para o pequena cidade chamar a atenção de nações distantes com interesses especiais: um pequeno povoado em franco desenvolvimento, uma estrada de ferro e um eldorado latente em plena selva brasileira.


Em 2 de outubro de 1914, Porto Velho era conhecida político-administrativamente como Município e em 13 de setembro de 1943 como capital de novo Território Federal do Guaporé, que mais tarde, em 17 de fevereiro de 1956, passava a se chamar de Território Federal de Rondônia, em homenagem ao Marechal Cândido da Silva Rondon.


Em 10 de Abril de 1979 chegava para governar o então Território, o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, o último Governador do Território e o primeiro do Estado.


Jorge Teixeira tinha a missão de transformar Rondônia em Estado, preparando o Território e organizando a capital Porto Velho para receber os poderes constituídos. O eldorado estava aberto: foi a explosão demográfica mais impressionante no Brasil da época, Porto Velho finalmente se consolidara como capital forte e próspera da última fronteira do país.


A origem do nome.
Desde meados do sec. XIX, nos primeiros movimentos para construir uma ferrovia que possibilitasse superar o trecho encachoeirado do rio Madeira (cerca de 380km) e dar vazão à borracha produzida na Bolívia e na região de Guajará Mirim, a localidade escolhida para construção do porto onde o caucho seria transbordado para os navios seguindo então para a Europa e os EUA, foi Santo Antônio do Madeira, província de Mato Grosso.

As dificuldades de construção e operação de um porto fluvial, em frente aos rochedos da cachoeira de Santo Antônio, fizeram com que construtores e armadores utilizassem o pequeno porto amazônico localizado 7km abaixo, em local muito mais favorável. Era chamado por alguns de "porto velho dos militares", numa referência ao abandonado acampamento da guarnição militar que ali acampara durante a Guerra do Paraguai (essa guarnição ali estivera como precaução do Governo Imperial contra uma temida invasão por parte da Bolívia, aparentemente favorável a Solano Lopes).

Em 15/01/1873, o Imperador Pedro II assinou o Decreto-Lei nº 5.024, autorizando navios mercantes de todas as nações subirem o Rio Madeira. Em decorrência, foram construídas modernas facilidades de atracação em Santo Antônio, que passou a ser denominado "porto dos vapores" ou, no linguajar dos trabalhadores, "porto novo".

O porto velho dos militares continuou a ser usado por sua maior segurança, apesar das dificuldades operacionais e da distância até S. Antônio, ponto inicial da EFMM. Percival Farquar, proprietário da empresa que afinal conseguiu concluir a ferrovia em 1912, desde 1907 usava o velho porto para descarregar materiais para a obra e, quando decidiu que o ponto inicial da ferrovia seria aquele (já na província do Amazonas), tornou-se o verdadeiro fundador da cidade que, quando foi afinal oficializada pela Assembléia do Amazonas, recebeu o nome Porto Velho . Hoje, é a capital de Rondônia.


Na bandeira de Rondônia, o verde representa as matas; o amarelo, as riquezas minerais; o azul, o céu; e o branco, a paz. A estrela remete a Wezen, que na bandeira nacional simboliza o estado de Rondônia.

Hino de Rondônia

Composição: Joaquim de Araújo Lima e Dr. José de Melo e Silva

Quando nosso céu se faz moldura
Para engalanar a natureza
Nós os Bandeirantes de Rondônia
Nos orgulhamos
De tanta beleza
Como sentinelas avançadas
Somos destemidos pioneiros
Que dessas paragens de um poente,
Gritam com força,
Somos Brasileiros
Dessa fronteira
De nossa Pátria
Rondônia trabalha febrilmente
E nas oficinas
E nas escolas
A orquestração empolga toda gente
Braços e mentes,
Forjam cantando
A apoteose
Deste rincão
E com orgulho, exaltaremos
Enquanto nos palpita o coração
Azul, nosso céu é sempre azul
Que Deus o mantenha sem rival
Cristalino muito puro
E conserve sempre assim
Aqui, toda vida se engalana
De beleza tropical, (BIS)
Nossos lagos, nossos rios
Nossas matas, tudo enfim!


DADOS GERAIS:

Capital: Porto Velho
Região: Norte
Sigla: RO
Gentílico: rondoniano ou rondoniense
População: 1.562.417 (estimativa de 2006)
Área (em km²): 237.576,167
Densidade Demográfica (habitantes por km²): 6,6
Quantidade de municípios: 52

DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 13.491.977.000,00 (2003)
Renda Per Capita*:
R$ 8.533,69 (2004)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH):
0,735 (PNUD - 2000)
Principais Atividades Econômicas:
agricultura, pecuária e extrativismo (vegetal e mineral).
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano):
24,6 por mil (em 2000*)
Analfabetismo:
8,6% (2001)
Espectativa de vida (anos):
70,6 (2000)

PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

- Floresta Amazônica
- Museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré
- Prédio do Relógio
- Reserva Ecológica Lago de Cuniã
- Vila do Maici
- Catedral de Porto Velho
- Fortaleza do Abunã
- Museu Estadual de Rondônia
- Parque Natural Municipal de Porto Velho

GEOGRAFIA

Etnias: brancos (35%), negros (6%), pardos (59%).
Rios importantes: Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré.
Principais cidades: Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena e Cacoal.
Clima: equatorial úmido

No Brasão das Armas do Estado de Rondônia, o escudo formado pelo quadrado central azul com os quatro cantos em formato de losângulo, contornado por linhas em vermelho, representa o formato das muralhas do Real Forte Príncipe da Beira, fortaleza construída pelo reino de Portugal entre 1776 e 1783, às margens do rio Guaporé, fronteira entre o Brasil e a Bolívia.

O número 1943 à esquerda representa o ano da criação do Território Federal do Guaporé e o número 1981, à direita, o ano em que o Estado de Rondônia foi emancipado.

Os trilhos em forma de “U” representam a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cercados ao lado esquerdo por um ramo de café e à direita por um ramo de cacau, produzidos na região

(fontes dessa pesquisa: IBGE, Wikepedia, site oficial do Estado, )

1 de jun. de 2008

Respostas referente a aula campo de arqueologia

Questão 1 - Para você, de que maneira uma aula de campo como essa contribui para sua formação em História e como pessoa?
Resposta: Para um aluno de historia as aulas campos servem para dar uma noção melhor sobre o tema estudado. Como exemplo pode ser usado uma visita ao museu onde nós podemos observar objetos pertencentes a um período histórico, seja um canhão utilizado durante a Guerra do Paraguai ou objetos de cerâmica pertencentes a um grupo indígena. Em Vila Bela a própria cidade faz parte do estudo do aluno, com ruínas e casas ainda existente. Essa aula pratica ajuda a trazer para a nossa frente que se estuda em uma sala de aula e que só pode ser lido, ao invés de ser visto e tocado. Com isso um aluno pode aprender com as aulas teóricas (aula na sala) e nas aulas práticas (aula campo). Para que no futuro ensine melhor aos seus alunos, pois ele esteve no local estudado e sabe detalhes que um livro didático não consegue demonstrar

Questão 2 - O que mais chamou sua atenção nos locais visitados? (o que mais interessou ou chocou)?
Resposta: Nas aulas campos o que pude observar foi que entre as quatro cidades visitadas - Cáceres, Chapada dos Guimarães, Cuiabá e Vila Bela - a que menos preserva o patrimônio é a cidade de Cáceres. Os sítios arqueológicos desse município não são preservados por nenhuma instituição publica ou privada e nem pela própria população. Inclusive muitas pessoas nem sabem que há sítios em Cáceres! O museu da cidade também não recebe o apoio devido e não há segurança no local com os objetos guardados. Porem Cáceres não é exceção. Nas outras três cidades também há descuido e vandalismo. Em Cuiabá os bustos de pessoas importantes dentro do contexto histórico do município não são respeitados pelas pessoas, que alem de picharem e destruírem eles ainda grudam chicletes neles. Me chocou, ainda, o estado das ruínas da catedral de Vila Bela. Já que elas contem forte cheiro de urina em alguns locais, alem de algumas partes gravadas com nome e frases que algumas pessoas deixaram de “recordação”. Em Chapada dos Guimarães encontrei algumas casas centenárias, deixada a própria sorte, onde apenas os moradores cuidam sem o menor apoio governamental

Questão 3 - O que mais você gostaria de aprofundar sobre essas aulas?
Resposta: Nessas aulas campos aprendi muito sobre a historia do Mato Grosso. O que eu aprenderia em diversos livros aprendi em segundos nas aulas praticas. E por ter vindo de Rondônia, um estado que já fez parte de Mato Grosso, me interessei mais pelo Real Forte Príncipe da Beira. Sobre ele pude observar vários documentos nos museus de Cuiabá. Nesses museus há plantas, fotos e outros documentos sobre o forte.

Questão 4 - Compare e reflita sobre o Patrimônio Histórico Cultural de Cuiabá e Chapada dos Guimarães.
Resposta: Em Cuiabá o Patrimônio Histórico e Cultural é bem maior que o de Chapada dos Guimarães. La há diversos museus, como o do Morro da Caixa D’Água, a Casa de dom Aquino, Museu Regional, Arquivo Regional entre outros. Alem de diversas construções antigas, como igrejas, casas e outros. Já em Chapada dos Guimarães há pouca coisa, uma igreja e algumas casas no centro da cidade, e elas mesmo assim não são tão preservadas quanto às de Cuiabá

Questão 5 - Acerca de todos os museus visitados em Cuiabá, o que mais chamou sua atenção em cada um deles? Qual é a importância de uma aula de História em um museu?
Resposta: De todos os museus visitados em Cuiabá o que eu mais gostei foi poder ter “acesso ao passado” de uma forma tão simples. Apenas observando os objetos em exposição e ouvindo os relatos dos responsáveis pelos museus. No museu Rondon pude observar diversos tipos de utensílios indígenas, como machadinhas e urnas (uma delas contendo ossada dentro). Essa é a importância de uma aula de Historia em um museu, em vez de o aluno ter acesso aos documentos por um livro, em que geralmente vem com a opinião já formulada, ele mesmo vê o documento e pode analisá-lo e formar sua própria opinião. Alem de o museu despertar a curiosidade e a vontade de se pesquisar mais sobre algum tema que o aluno se interessa

Questão 6 - Do ponto de vista histórico, o que pode ser compreendido dessas duas realidades?
Resposta: No primeiro texto vemos uma implosão do complexo de Carandiru, realizado em 2002. E no segundo vemos que o governo viabilizou verbas para a restauração da cidade de Ouro Preto. Para mim o motivo de se implodir o Carandiru é porque ele é um exemplo de corrupção e fracasso político brasileiro. No próprio texto há um trecho que diz: “... o maior símbolo do fracasso do sistema prisional brasileiro finalmente começou a desaparecer. A história de mortes, rebeliões, fugas [...] começa a mudar, segundo o governo do Estado...”. Pois a cidade de Ouro Preto faz parte da historia e é símbolo da identidade nacional. A antiga Vila Rica, que foi capital de Minas Gerais, onde ocorreu o movimento dos Inconfidentes e onde há muitas obras de arte e construções do período barroco faz com que o sentimento de nacionalidade desperte, diferentemente do presídio de Carandiru. Porque para as pessoas é melhor preservar um patrimônio que traz boas lembranças do que um que é símbolo de fracassos

Questão 7 - Quais interpretações podem ser abstraídas sobre a intenção de manutenção de determinadas "estruturas históricas" e outras não?
Resposta: Essas estruturas históricas são consideradas como tala partir de um determinado ponto-de-vista. Para mim essa questão remeteria ao tema político e/ou de interesse. Em um exemplo poderia citar que Ouro Preto atrai mais turistas do que um presídio desativado como o Carandiru, alem da memória e recordação que a cidade traz é bem mais receptiva do que a cadeia. Por isso o objetivo de fazer uma manutenção ou restauração em uma cidade (ou monumento, obra de arte, escultura, etc.) é mais aceita pela população

Questão 8- Dentro das possibilidades de interpretação das situações acima mencionadas e, de acordo com as visões contidas nelas, qual a sua opinião sobre o que caracteriza e pode ser considerado um "Patrimônio Histórico Cultural"?
Resposta: Para mim essa consideração de Patrimônio Histórico Cultural é meio dúbia. Como que se pode considerar o acarajé um patrimônio histórico e não se considerar sítios arqueológicos ou obras arquitetônicas? Nem eu sei responder a essa questão. Eu percebo nisso é que há um grupo de pessoas onde eles consideram o que deve e o que não deve ser considerado como um Patrimônio. Para tal projeção eles devem se valer da importância da obra para a sociedade ou determinados grupo. Mas mesmo assim, com certeza, deve haver um jogo político por traz.

Questão 9 - A partir da leitura destes textos, você como um acadêmico de História e formador de opinião, manifeste a sua percepção sobre os espaços e as ações dos sujeitos históricos (trabalhadores, opressores, oprimidos entre outros). De que maneira a sua opinião enquanto um discurso construído sobre essa materialidade (Patrimônio Histórico Cultural) é relevante ou não? Em poucas palavras, qual a importância sobre o que você pensa?
Resposta: Pode-se observar que são considerados Patrimônio Histórico Cultural o que remete a Identidade de um determinado grupo. Porem essa Identidade tem que proporcionar e mostrar uma nação ou povo forte, imponente, guerreiro, astuto... o que é exatamente o contrario o que o Carandiru proporcionava. Se não fosse isso ele não teria sido destruído pelo governo estadual de São Paulo. Já que ao destruí-lo tentaram apagar também ele da memória das pessoas. Com um acadêmico de Historia, por mais absurdas que sejam minhas idéias elas servem para que as pessoas reflitam e pensem se é correto ou não o que está acontecendo. Pois minhas idéias são o reflexo do que vejo, ouço e leio. E dessa forma tenho consciência se o que acontece ao meu redor é correto ou não.

as perguntas podem ser obtidas no blog http://arqueocontato.blogspot.com/2008/05/relatrio-aula-de-campo-cuiab-e-chapada.html

Perfeito até no nome

uma musica lançada em 1993 pela legiao urbana e que ainda hoje continua atual....


"Venha!


Meu coração está com pressa

Quando a esperança está dispersa

Só a verdade me liberta

Chega de maldade e ilusão


Venha!


O amor tem sempre a porta aberta

E vem chegando a primavera

Nosso futuro recomeça

Venha!

Que o que vem é Perfeição!..."